sábado, 8 de janeiro de 2011

É a Líz.

E tô achando bom, tô repetindo:
que bom Deus que sou capaz de estar vivo sem vampirizar ninguém,
que bom que sou forte, que bom que suporto,
que bom que sou criativa e até me divirto e descubro
a gota de mel no meio do fel. Colei aquele “Eu Amo Você” no espelho.
É pra mim mesma.







Sobre cada dia ela se equilibrava nas pontas dos pés, sobre cada frágil dia que de um instante para outro poderia se partir e cair em escuridão. Mas ela milagrosamente o atravessava e exausta de alegria e cansaço chegava a dormir para o dia seguinte surpreendida recomeçar.

[Clarice Lispector]

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